No dia 1 de Janeiro: há 40 anos.
O soldadinho jaz na terra nua,
Terra húmida da picada.
Tem as entranhas de fora,
Esventradas,
Pela bazucada,
Que o seu corpo já não chora.
A cara está desfigurada,
Por sangue e por nada,
À beira da picada.
Cai sobre o seu corpo a ténue madrugada,
E o Maiombe escuro:
Lá ficou mais um jovem sem futuro.
De balas trespassado,
E braços estendidos,
Tem os sentidos já perdidos;
Jaz morno, arrefece,
Desfalece.
Raia-lhe no camuflado,
Esfarrapado,
O sangue do seu sangue,
Que já nem fita com olhar langue.
Tão jovem e tão cuidado,
Era o meu soldado- menino,
Que hoje teria feito sessenta anos,
A meu lado.
Mas não fez,
Porque a poeira o desfez,
Em 40 anos sepultado.
Recordo-o do cais de onde parto,
Já farto,
Deste mundo pequenino.
Hoje é o dia de ANO NOVO que não teve.
A todos os soldados-meninos que tombaram na Guerra Colonial
Homenagem de Inácio Nogueira
NATAL, NATAIS.
Natal, Natais, ano a ano repetidos:
Natal de abastança para alguns,
Natal de míngua p’ra quem tem,
A bolsa vazia.
A dor e os gemidos,
Clamam por Maria,
Mas nada muda desde Belém,
Tal a circunstância!
São séculos de sôfrega ganância,
De individualismos sempre mais além.
Mais aquém a solidariedade,
Que há muito se omitiu da sociedade.
Natal, Natais,
Dim, dom, dim, dom.
Políticos ao cais,
P’ra ver chegar,
E atracar,
Os destroços,
Da igualdade,
Que tanto apregoais!
Dim dom, dim dom,
Dim dim, dom dom,
Dim dom.
Natal, Natais:
Por que se multiplicam no Planeta, repetidamente,
Pobres e deserdados, fome, sede, desamor,
E tantas coisas mais?
E o que faz a gente?
A gente diz que sente,
Quase sempre,
Mas passa ao lado e em frente.
E que posso eu fazer?
Tudo e nada, infelizmente.
Natal, Natais,
Dim, dom, dim, dom.
Políticos ao cais,
P’ra ver chegar,
E atracar,
Os destroços,
Da igualdade,
Que tanto apregoais!
Dim dom, dim dom,
Dim dim, dom dom,
Dim dom.
Inácio Nogueira, 23.12.2009
Nós por cá como vamos? Ainda não tão mal como a Grécia, mas quase. E, no entanto, a vida continua despreocupada, principalmente, para os clientelistas partidários que vegetam e encharcam o país de funcionalismo público e assessores. São assessorias nos ministérios, nas direcções gerais, nas direcções regionais, nas empreseas públicas, nas autarquias, nas empresas municipais, etc, etc, etc. São quase todos familiares: filhos, netos, primos, amigos dos homens de mão dos partidos. São os detentores do poder e dizem bem saber que o país vai bem. Nada de alarmismos.
A Irlanda, que chegou a ser considerada um milagre económico na União Europeia, tropeçou na crise e caiu. Tenta agora levantar-se e propõe-se reduzir o defict público de 11,7% este ano para 2,9% em 2014. Que decidiu então, corajosamente, fazer o Governo Irlandez: controlar a despesa pública, reduzir salários a algumas classes profissionais, aos políticos, aos funcionários públicos e os seus serviços públicos terão um corte, já este ano, de mil milhões de euros. A isto chama-se coragem política para conter o príncipio da realidade.
Por cá, como cada vez somos mais os que dependemos do Estado, que alguns dizem já ser seis milhões, seria impensável fazer uma coisa destas, ou melhor, mais cedo ou mais tarde teremos de o fazer, só que nessa altura, já estaremos na banca rota. Até lá... venham mais assessores.
Inácio Nogueira
c
Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que desja,
Nem desja o que cumpre.
Se recordo quem fui, outrem me vejo,
E o passado é o presente na lembrança.
Quem fui é alguém que amo
Porém somente em sonho.
E a saudade que me aflige a mente
Não é de mim nem do passado visto,
Senão de quem habito
Por trás dos olhos cegos.
Nada, senão o instante, me conhece,
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes.
Eu não sei se são as pessoas que se afastam, ou se é o poder que as afasta porque são incómodas. Incómodas e com mau feitio.
-Temos que afastar o Toneca porque tem muito mau feitio e anda sempre a «bisbilhotar» o que fazemos. É muito desagradável e tem a mania da transparência!...
-O Francisco é muito simpático, não cria problemas e está sempre de acordo contudo!...Esse é que é bom para vir para aqui!
Este País desaproveita os homens e as mulheres com mau feitio e promove os simpáticos!...
Se queres combater a corrupção aguenta «os mau feitio».
A partir do ano de 1970 deu-se início a um processo formativo de Capitães Milicianos que levantou controvérsia e gerou forte discussão no seio militar. Esses capitães do C.C.C. , oriundos de cadetes, também apelidados, carinhosamente, de "capitães do vento" , ou, desdenhosamente, por "capitães de aviário" ou "capitães de proveta" têm ainda hoje muitos críticos em redor da sua formação, dos seus desempanhos e do seu protagonismo na Guerra de África.
1.Todos os ex-capitães milicianos, nestas circunstâncias, que queiram participar no aprofundamento da verdade, devem enviar uma carta assinada, onde conste o nome, bilhete de identidade, província ultramarina onde prestou serviço, unidade que comandou, locais de intervenção e período de mobilização, para
António Inácio Correia Nogueira
Rua Cidade de Halle, lotes 19-21, 2A
3000-107, Coimbra
2. Todos os ex-soldados, ex-cabos, ex-furrieis milicianos, ex-alferes milicianos que tiveram no comando da sua Companhia um Capitão desta estirpe e desejem opinar sobre a problemática em apreço, podem enviar a sua morada para a mesma direcção.
Muito obrigado a todos
Inácio Nogueira
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