Já conheço partes significativas do rio Douro e constato que sem sair do país encontrei uma das maravilhas do mundo. O rio desde a nascente até à foz surpreende-nos em momentos múltiplos do seu percurso.Ele é multifacetado: demoníaco, inigmático, soberbo, selvagem, agreste, imponente, maravilhoso,belo...
Recentemente fui conhecer as designadas Arribas do Douro.Percorri as suas margens entre Zamora e Bemposta, bordejando entre Espanha e Portugal.
O percurso é inanarrável, alternando a paisagem entre o alcantilado agreste e a suavidade barroca.
Andar de barco nesta zona é fazer uma viagem com fadas e duendes.
Sair do cais da Estação Biológica Internacional de Miranda do Douro e navegar Douro acima lá para os lados de Zamora é vogar por sítios mitológicos.
Quando regressamos ao cais, o mundo retrocedeu, já é a preto e branco!...
Querem um conselho, visitem:
A poça das lontras
O ninho de cegonha preta
A azinheira centenária
A área temática do Vale da Águia
A Rocha do Urso
A Queda de Água do Inverno
A área da Águia Real
A Rota dos Contrabandistas
O Santuário rupestre de S. Mamede e a rocha redonda
O Castro Celta e Capela de S.João
O Rochedo do nº 2
O Forte do Pencelo
A área temática da Calçada Mirandesa e antigo Passo da Barca
Agora, para lhe aguçar a curiosidade, dê um passeio comigo.
Vá, CLIK em
O concelho de Miranda do Douro foi o meu poiso durante cinco dias, e, é o paradigma do contra mito, que apregoa a morte cultural deste país sonolento à beira mar espreguiçado.
É para ultrapassar as barreiras dos mitos que adoro fazer férias naquilo a que se designou, por demagogia, chamar o Portugal Profundo. No Portugal, dito não periférico, a cultura sofreu um abalo, titubeou, desesperou. Qualquer observador que se desloque a esta terra pode constatar que o seu dinamismo cultural não sucumbio à crise dos tempos. Não estagnou, resiste, o que merece o nosso aplauso. A autarquia promove a produção e consumo de bens culturais e desenvolve equipamentos culturais, como é seu dever. Vê-se que há sensibilidade para a preservação e divulgação dos diversos patrimónios. Miranda apesar de ficar bem longe das metrópoles, não é um deserto cultural;sabe aproveitar o que tem.Vislumbra-se uma geração de criadores inquietos, por esse concelho além. Parabéns ao povo anónimo, às associações e ao poder local, pela sua coragem e irrequietude. Alegram-me, tal como o soberbo DOURO que retempera as suas vidas.
Vista Parcial de Miranda do Douro(foto tirada de uma janela do Hotel Turismo)
Homenagem ao Povo de Miranda e aos Seus Trajes
O Bonito Parque e Percurso Pedonal.Um Bom exemplo de Recuperação Patrimonial
O Menino Jesus da Cartolinha ( Sé de Miranda) Venerado Pelo Povo de Miranda
No pretérito Julho andarilhei com a minha mulher por terras de Miranda do Douro. As nossas cuidadas investigações etnográficas levaram-nos ao encontro da AEPGA uma organização sem fins lucrativos constituída em 2001," cujo objecto social é a realização de estudos, pesquisas, divulgação e promoção do gado asinino, com destaque para a classificação e gestão da variedade de Asininos de Miranda, a promoção de iniciativas desportivas e turísticas de passeios com burros e a realização de campanhas de educação ambiental e conservação da natureza."
Pelo que nos foi dado observar é uma associação dinâmica e empreendedora. Assistimos a um arraial popular de sua iniciativa inserido num projecto transversal de preservação do burro e do gaiteiro.Ficámos deslumbrados perante tamanha arte popular.
Do Diário da Eugénia transcrevo a seguinte passagem: " (...)à noite fomos a um arraial popular inserido na tal actividade do burro e do gaiteiro na aldeia Fonte d`Aldeia (entre Sendim e Miranda do Douro).Gostei muito, porque actou o grupo popular "Galandum Galundaina" e um grupo de pauliteiros.Deslumbrante o seu entusiasmo e a sua pericia musical ao gerirem, respectivamente, os instrumentos musicais, como a gaita de foles e os bombos, ou os seus paus e o seu corpo. E como arrebatam o povo a participar e a dançar...Que bem cantam, dançam e tocam em Mirandês".
A (re)visitar!...
Também fomos observar o trabalho comunitário que a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino faz numa aldeia desiganda por Atenor.
Respigando o Diário da Eugénia ficamos com uma ideia do que se passou
"(...) Hoje antes das 10h já estávamos na aldeia de Atenor para visitar o Centro, ver os burros e, se possível, dar um passeio.Foi óptimo.Não cheguei a andar de burro porque até me custou obrigá-los a andar comigo «ao colo»!
Eram muitos,aí uns 15, uns pequenos, outros grandes.Tinham nomes como Rita, Colimero...
O Colimero é o mais novo, é órfão e tem 4 meses.É muito lanzudo e meigo. Alimenta-se a «Biberon».Andava também lá uma cabrinha que a mãe rejeitou à nascença, mas que anda muito feliz no meio dos burros e das pessoas. Dei-lhe «biberon»...bebeu quase um litro de leite!...Ajudei a transportar os burros de um lado para o outro,alimentei-os e fiz-lhe muitas festas.Segundo me explicaram nascem «lanzudos» e depois vão perdendo a lâ, à medida que envelhecem.(...) Este Centro faz um trabalho muito meritório, pois estes burros estão em extinção, e é uma pena que acabem. Se eu vivesse mais perto gostava de ajudar!...Eu e o António comprámos camisolas da Associação e um burro miniatura, muito bonito.Foi uma forma de contribuir !...É bom conhecer esta Associação."
É bem verdade. Para isso vá ao endereço www.aepga.pt e vivam os burros de Miranda que pode ver já agora.Basta «CLICAR»
Já foste praia de areia branca,
outrora.
Pintam-te o areal de preto,
agora.
Resta-nos a lembrança,
No meio da desesperança
E deste desleixo poluitivo.
Agressivo.
Culpados?
Não há...
Causas?
Sempre incertas...
Efeitos?
Qual quê...
Querem saber um segredo!...
Os políticos estão de férias.
Junto à Torre de Belém,
Símbolo de navegantes audazes,
O Forte do Bom Sucesso assoma,
Com os seus níveos paredões,
Onde se inscreveram,
A preto, e aos milhares,
Os nomes daqueles militares,
Que prematuramente pereceram,
Muito para além do mar,
Nas pátrias que os senhores teceram.
Muito para além do mar,
A vida foi de combate,
Sempre, abnegadamente.
E, um dia, imergidos pela dor,
Desesperança e sofrimento,
Ainda tombaram de pé, valentes,
Sob a bala dos oponentes.
Depois, deitados voltaram,
P`ra jazerem nestes muros,
Não resignados,
Mas deserdados,
E ainda mal-amados.
Junto à Torre de Belém,
Eu vos reconheço, saúdo,
Relembro,
Homenageio.
Vós sois os meus heróis.
Enxergo-vos,
Petrificados nessas paredes frias,
E, dos meus olhos,
Abatem-se lágrimas azedas,
Salgadas,
Doloridas,
Carcomidas,
Pelas tragédias
Da mata e do capim.
Aos vivos,
Dão um padecimento sem fim,
E, a todos vós,
O sono do marfim.
Despeço-me!...
À medida que me afasto,
Que sinto e penso eu?
Nostalgia,
Deslumbramento,
Descontentamento,
Raiva?
Ou, Tirania,
Prepotência,
Ditadura?
Não sei.
É um arrepio vibrante,
Um sentimento galopante,
Irrepetível,
Inexprimível.
Não é mel nem fel,
É o tudo que é nada,
Meus Amigos...
Desaparecidos.
Até ao dia em que o meu nome também seja gravado numa lápide fria.
Da minha primeira visita e homenagem
10.07.2007
Inácio Nogueira
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