Este coração é perfeito,
É o teu.
Que perfeito coração,
Com quarenta anos convividos,
Comigo, em comunhão.
O tempo implantou-lhe
Quatro pedras,
Preciosas,
Calorosas,
Inquietas,
Serenas.
O rubi encarnado. A tua devoção.
A safira azul. A tua ternura.
A esmeralda verde. A tua fidelidade.
O diamante. A fibra dos teus afectos,
A poeira das estrelas,
Que te leva à eternidade.
Comigo.
Nos 63 anos de idade e nos 40 anos convividos
Beijinhos
Ainda resistem alguns Cafés com História.
Em Coimbra resiste o Santa Cruz.
Em Lisboa, o Nicola e A Brasileira.
Que bem sabe tomar um «cafézinho» nestes lugares especiais !...
Passei pela A Brasileira,
E ouvi cantar o fado.
Que voz celestial(!),
Tinha esta idosa brejeira,
Acompanhada por musical,
Numa cassete gravado.
Quem serás tu, velha cantadeira?
Fui ver ao CCB visitar o Museu Colecção Berardo que "oferece uma visão global, um panorama da criação nas artes plásticas do século XX e início do século XXI, em especial na arte europeia e americana. Traduz toda a riqueza da história, dos estilos, das origens e dos suportes e técnicas das obras da colecção." Ali estão representados grandes conceitos: a Abstracção, a Figuração, o Surrealismo, a Arte Pop, o Hiper-Realismo, a Arte Minimalista, a Arte Conceptual, a escultura, a fotografia e outras.
A extensa colecção ocupa um espaço enorme, quase o CCB ( daí as criticas de Mega Ferreira?), mas merece ser visitada. Eu que sou leigo na matéria e apreciador, dito senso comum, gostei. As visitas são gratuitas até ao fim do ano, e é de aproveitar esta oportunidade para colar os olhos a um Vieira da Silva, Paula Rego ou Picasso.
Como é permitido durante a visita tirar fotografias, aqui ficam algumas delas para os amigos que nos visitam.
Para ver mais, CLIK,
Fui ver a exposição "O Corpo Humano como nunca o viu", e fiquei maravilhado. O nosso corpo é de facto, mais complexo e maravilhoso de que qualquer computador, por mais sofisticado que se apresente.
Muitos de nós não sabemos o que temos debaixo da pele-como funciona o corpo, do que necessita para sobreviver, o que o destrói, o que o reanima. Ali se observa tudo, minuciosamente e rigorosamente apresentado. Naquele espaço, toda a gente vê o corpo humano como nunca o imaginou!
E é pena que nem todos o possam ver, porque a exposição tem um senão:é muito cara.
E ainda dizem que o acesso à educação e cultura está democratizado...Falsa verdade.
A Geninha prepara-se para o treino de bem cavalgar
Os primeiros cumprimentos ao Marquês
Adoçando a boca ao Marquês
Início da preparação do Marquês
Apetrechando o Marquês
Treino I
Treino II
Cavalgando I
Cavalgando II
Cavalgando III
Um passeio
O Café Santa Cruz em Coimbra, espaço onde se realizou a Exposição "Olhar a Guerra Educar Para a Paz", está localizado paredes-meias com a Igreja de Santa Cruz, e projecta-se, ufano, para o velho Largo que foi de Sansão. Foi uma referência de Coimbra pela qualidade da sua gastronomia. Alturas houveram, que chegou a ser o restaurante preferido dos grandes industriais e comerciantes, de muitos médicos estimados e advogados de nome feito na praça de Coimbra. Os viajantes endinheirados, que vinham à Cidade, era certo e sabido que comiam no Santa Cruz do muito conhecido Adriano, homem que gostava de cuidar bem dos seus fregueses.
Ali se podiam encontrar os melhores manjares, que faziam salivar de prazer os mais exigentes,e sempre fornecidos em gabinetes isolados, ou, ao fundo da ampla e histórica sala, que foi Igreja. Havia a preocupação de servir e vender aprimorados chás, pastelaria fina e os cafés dos melhores lotes. Os serviços de casamentos, baptizados e bailes da Queima das Fitas, providos pelo Café, eram afamados na década de 40, bem como os concertos, que nalgumas tardes eram animados por orquestras Jazz de Coimbra.
Muita gente o conhecia pelo Café dos «Passarões», já que o seu frontispício era aformoseado por pássaros avantajados. Também associou a si, os mitos e os ritos dos «futricas», e consignou, como insígnia sua, o glorioso clube União de Coimbra.
Pouco a pouco, foi perdendo esta hegemonia gastronómica e simbólica, passou por adversidades diversas, e acabou por ser café, quase em exclusivo. Apesar de todas as transformações e vicissitudes, continua a despertar os mesmos sortilégios aos seus habituais ou fugazes frequentadores. Proclamo-lo como um «Café com História», mas poderá muito bem ser também designado «Café com Charme», «Café de Luminosidade Serena», «Café com Biografia», com «Magia», «Fascinação», «Encantamento».
É por causa de todos estes atributos, que não se pode deixar morrer este recinto singular que encerra um naco de história de Coimbra:- local onde se cruzaram conversas eruditas e populares, cavaqueiras sóbrias ou irreverentes, pelas vozes de professores, advogados, médicos, engenheiros, industriais, comerciantes, simples operários ou populares «teóricos» da bola. Foi também um reduto de artistas, escritores, intelectuais, pintores e escultores, sítio de parança para discutir e palestrar, falar com o outro, esperar pelo amigo para jogar o «trinta e um», ou deglutir o belo «Bife à Santa Cruz», com molho de café.
Esta atmosfera naturalista – regionalista, como a entende Manuel Bontempo, não pode morrer, em memória a homens que muito gostavam dela, como por exemplo, Vitorino Nemésio, que aqui tomava o seu café em 1950, a 1$20.
Esperamos que a nova geração que dirige o Café, o revitalize e o conforme às novas realidades, ainda que sem adulteração, fazendo dele um espaço de animação e divulgação cultural com futuro. Há muita gente jovem que gosta deste Café – Espaço de Cultura. Nós também. Por isso o escolhemos para receber os antigos combatentes do BCAV/3871!...
Exposição "Olhar a Guerra Educar Para a Paz"
Exposição "Olhar a Guerra Educar Para a Paz"
A Exposição Para Quê?E o Livro?
Companheiros da CCS/BCAV 3871 que Vieram à Exposição e ao Lançamento do livro
Companheiros da CCAV 3487/BCAV 3871 que Vieram à Exposição e ao Lançamento do Livro
Companheiros da CCAV 3486/BCAV 3871 que Vieram à Exposição e ao Lançamento do Livro
Companheiros da CCAV 3488/BCAV 3871 que Vieram à Exposição e ao Lançamento do Livro
Olhar a Guerra Educar Para a Paz
Há mais de trinta anos, os jovens Capitães de Abril fizeram uma Revolução com cravos para restituir ao povo português a liberdade que lhe havia sido sonegada e acabar com a Guerra Colonial.
Tivemos o privilégio de assistir, nesse dia 25 de Abril, ao amanhecer de um país livre e de ouvir, nessa madrugada, as trombetas que assinalavam o fim da guerra. Os nossos netos, já são filhos da liberdade e do som longínquo dos clarins.
Para muitos, agora à distância, a guerra parece leve, insignificante, sem consequências, mas não foi. Para ela partiram, obrigados, muitos dos jovens de então, hoje avós. Viveram uma contenda de horrores, de isolamento, de separações, de mortes, feridos e.estropiados. Pertenceram a uma juventude espoliada da liberdade de escolha do seu modo de viver.
Ainda nos dias de hoje, os resquícios dessa malfadada guerra teimam em não os abandonar. Silenciosamente, mantém-se presentes em muitas famílias, sob o disfarce da violência familiar, do alcoolismo, do stress de guerra. Ainda anda por aí, como fantasma, assediando-nos a todo o momento.
Convido-vos, pois, a OLHAR essa guerra. Olhar e reflectir.
Estou certo(a) de que no final desses OLHARES, todos vão concluir que é bem melhor Viver em Paz e Educar Para a Paz.
Nós que somos muitos desses ex-combatentes, temos a obrigação de cultivar a Paz e indignarmo-nos com a Guerra, já que mais não seja em memória de muitos dos que lá pereceram.
(Palavras de apresentação da exposição/Inácio Nogueira)
Muito obrigado por terem vindo.
"Se serviste a Pátria e ela vos pagou com ingratidão,
vós fizestes o que devíeis,
e ela o que costuma."
Padre António Vieira
Imagens Faladas
Bachile/Guiné. Vista geral do quartel
Bachile não era muito mais que meio palmo de terra, rodeado de arame farpado, com garrafas vazias de cerveja penduradas aos pares e atadas pelo gargalo. Ao mais pequeno estremeção, elas emitiam acordes de guerra, avisando-nos da aproximação do inimigo. O resto eram barracas de adobes com telhados de zinco, valas e abrigos. O que enchia tudo isto era a esperança de que alguma coisa não nos abrisse a carne, que não houvesse bicadas de estilhaços nas nossas tripas.
Bachile/Guiné. Bar dos soldados
"Paramos um pouco nesta fatia de paraíso em pleno inferno da guerrilha.Só o tempo de um fraterno abraço, molhado de whisky, muito gelo e água de Vichy(...). Daqui por mais uns copos, leêm as cartas dos pais e das namoradas uns aos outros, assoalham as intimidades." (Cristóvão de Aguiar,"Ciclone de Setembro")
Bachile/Guiné.O duche colectivo
" Os soldados do último turno de reforço estão saindo dos seus postos de vigia.Trazem os cobertores à laia de capa sobre os ombros, que friorenta foi a noite e as primeiras horas da manhã. Dentro de algumas horas, anda toda a gente de tronco nu e de calções, num protesto contra a torreira que amortece os corpos e acicata o sexo"(Cristóvão de Aguiar, "Ciclone de Setembro")
Bachile/Guiné.Posto de sentinela-abrigo
"Aqui para o tempo, como um charco.
Aqui se enfia a vida num parêntises.
Aqui se morre, imprevista e avulsamente, em cada hora.
Que maravilha estar vivo, despachar umas cartas tontas, mijar a embriaguês inevitável,
dormir com o Tio Patinhas,(...)."(José Manuel Mendes, "Ombro Arma!")
Bachile/Guiné.Valas e Abrigos.
É já noite. Hoje resolvi não passar pelo meu abrigo. Vou para debaixo do mangueiro, fumo o meu cigarro e ponho-me a escutar as garrafas a tilintar na rede do aquartelamento.De vez em quando, uma ou outra rajada das sentinelas quebra o silêncio escuro da noite. Hoje não acontece nada. Esta noite nem sequer se ouvem rebentamentos ao longe. O PAIGC está de folga.E nós também.Ouvi-nos Senhor.
Bachile Guiné. Uma sanita
" Esperei em vão que as minhas tripas sossegassem: a cólica recuara apenas,enrolava-se toda num novelo e estava decerto apojando um bom jacto de diarreia.E agora pensei:vou borrar-me todo pelas pernas abaixo, como uma velha senhora na noite nupcial da sua morte; vou enrolar-me por dentro dos passos que chapinham no pântano, lá mais para a frente,enrolar-me ao som das asas de um morcego acordado à hora do crepúsculo; vou embrulhar-me com tudo isto e regressar depressa ao ovo quente e nocturno de minha mãe."(João de Melo,"Autópsia de um Mar de Ruínas")
Abertura da estrada Teixeira Pinto-Cacheu.Protecção aos trabalhos
Aqui tudo se faz em territórios com fronteiras difusas. Do lado de lá o medo; do lado de cá a coragem.É por isso que agora quero estar só,pela primeira vez só, e ainda só navegar, viajar ao fundo do tempo que por aqui vivi.
Bachile/Guiné.Uma operação para o Belengerez
Saídas para o mato.Operações.Terras de ninguém,onde se ia com a certeza de que não voltariamos sem mossa...entre a vida e a morte passa um fio de nada.
Imagens Legendadas
Bachile/Guiné.Morteiro 81 e Obus 10,5
Estrada Bachile-Teixeira Pinto
Festas de Anos no Bachile
Combatendo o Analfabetismo
Entre a Escola e a Guerra
A Caminho da mata de Carenque Ponte Alferes Nunes
Vila de Teixeira Pinto
Um grupo de combate da CCAÇ16
Obras de arte da natureza
Pessoal metropolitano da CCAC16 Uma das saídas do aquartelamento
Uma das casas do reordenamento de Churobrique. E já agora, eu!...
Os principais biocombustíveis são hoje, o Bioetanol que se obtém a partir de açúcares ou produtos orgânicos como a beterraba, os cereais, o trigo e a cana de açúcar e o Biodiesel. Este biocombustível sintético, também conhecido como biogasóleo ou diester líquido, obtém-se a partir de gorduras naturais como azeites de palma, girassol, colza ou soja.
Há mais de trinta anos, eu vi(!), com os meus olhos(!), durante a guerra colonial na Guiné, as célebres viaturas pesadas portuguesas Berliet-Tramagal(que eram de uma utilidade extrema e «pau para toda a colher») utizarem óleo de palma como combustível, dadas as dificuldades de reabastecimento, que por vezes havia nalgumas zonas.
A sobrevivência a quanto obrigas...e aguça o engenho e a arte.
Fala-se hoje tanto em inovação, querem melhor exemplo?Parabéns a esses inovadores de antanho.
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