Guerra nunca mais!
"Que faz, então, correr Nuno Crato, para além de denunciar ou enunciaralgumas ideias gerais, banais, alguns truísmos, de puro senso comum? Que defende?
O seu pensamento pedagógico parece reduzir-se a isto: Abaixo as competências(que analisa tibiamente)! Vivam os conteúdos (que nunca equaciona)! Abaixo Rousseau (que muito poucos dos anti-rousseaunianos se deram ao cuidado de ler). Vivam os exames (que nunca problematiza)! Eis as linhas catequéticas ou apologéticas do seu pensamento. São os lemas que lemos neste livro. Mas isto será«ciência»ou «pastoral»?"
in, "Blues Pelo Humanismo Educacional?"
Nuno Crato, in " O «Eduquês» em Discurso Directo"
(...)"Aqui vemos como a visão radical e dogmática do construtivismo se opõe à mecanização e memorização. NA REALIDADE, AS REGRAS PODEM COMEÇAR A SER MEMORIZADAS ANTES OU DEPOIS DA SUA COMPREENSÃO (LETRA GRANDE NOSSA).Depende dos casos.E,em muitas situações, a memorização deve ser incentivada.Depende dos casos, das matérias e das idades.Mas os preceitos dogmáticos acima citados aparecem sem qualquer restrição e são estendidos a todo o ensino básico.Fará algum sentido?(...)"
Àlvaro Gomes, in "Blues pelo Humanismo Educacional?"
(...) Lamenta a inoperacionalização didáctica da memória. Puro truísmo.Estamos, naturalmente, em plena concordância com ele.Mas diz alguma coisa, convincente, sobre ela? Nada.Problematiza algum aspecto?Nenhum.O estranho é que nem mostre, como compete a quem acusa, que, em todas as taxonomias, referidas na página 54(algumas delas com mais de quarenta anos), a memória constitui, justamente,o patamar fundamentante,os andaimes sin qua non, sendo o espírito crítico o respectivo zimbório.(...)"
Nuno Crato, in "O «Eduquês» em Discurso Directo"
(...)"Fica-se também a saber que as ideias da «escola nova» são velhas de mais de um século"(...).
(...) "Alguém pode duvidar da ubiquidade e da influência do romantismo pedagógico? Em Portugal e noutros países, este pensamento conseguiu uma proeza espantosa:uma perfeita aliança entre o idealismo romântico mais ingénuo, o construtivismo mais atávico e o mais cego dogmatismo da velha e caduca «escola nova»(...)."
Álvaro Gomes, in "Blues pelo Romantismo Educacional?"
"(...) Fica-se também a saber...quem? Poderemos concluir desta frase que Crato, afinal, não sabia? Terá sido preciso ler, em Ravitch (ano 2000!), que essas ideias têm mais de um século? Mas ter mais de um «século» significa ser «velho» ou ser «caduco»? Como designaria, então, Instituições que têm vários séculos ou outras, com milénios? Como pode tratar-se, com este desprezo, algo que nunca se equaciona, como veremos a partir da página 70? (...) Poderá dizer-nos quantos anos tem a escola dos herdeiros ou a escola velha (que tantos parecem admirar?(...)
(...)
(...) Com efeito,se há na educação ou no ensino da Matemática «professores sem senso»( e não nos atrevemos a duvidar da sua palavra!), como é que eles chegaram "ali"? Que fizeram os «avaliadores» da Matemática?E quando, por exemplo, lança o ridículo sobre aquela professora que desconhecia «a queda dos graves», quem é que fez mal o seu trabalho? Foram as Ciências da Educação ou foram os professores da especialidade que não cumpriram o seu dever?
Não estará Nuno Crato a bater culpas no peito errado? Claro! Rende (e vende) mais falar de «eduquês»..."
Nuno Crato, in "O «Eduquês» em Discurso Directo"
" O Ensino tem de formar elites, mas tem também de acompanhar os menos favorecidos ou menos dotados e apresentar-lhes vias alternativas."
Álvaro Gomes, in "Blues pelo Humanismo Educacional?"
"Note-se a diferença dos verbos nas expressões: «formar elites» vs. «acompanhar os menos favorecidos» (...) os menos favorecidos são, afinal, uma adversidade...Pois se há povos dispensáveis (numa feliz expressão de Adriano Moreira), por que razão não haveria pessoas dispensáveis? (...) Mas Crato parece esquecer que, como lembra Jackson, a via do progresso educativo se «assemelha mais ao voo de uma borboleta que à trajectória de uma bala»".
Nuno Crato, in "O «Eduquês» em Discurso Directo"
"Este livro não deixa pedra sobre pedra no edificio ideológico do «eduquês»"
"É a primeira obra do género no nosso país"
Álvaro Gomes, in "Blues pelo Humanismo Educacional"
" Teremos de lembrar-lhe, distraído professor, que não é? Lucien Morin antecedeu-o em trinta e três anos. O mérito ou o demérito desta ofensiva às Ciências da Educação não é, portanto, seu. O senhor limita-se a repetir. Não produz, reproduz.Não cria; retoma. Não propõe; repõe."
"(...)Jet Set da arrogância(...)concentrando os seus disparos em três ou quatro afirmações menos felizes, desastradas ou, mesmo,exóticas(ou,simplesmente,descontextualizadas)de outros tantos investigadores, este dir-se-ia, antes,um livro «nem»"
Nuno Crato escreveu o livro "O «Eduquês» em Discurso Directo" e vendeu milhares de exemplares. Desdobra-se em conferências e comunicações, e, é hoje, um dos salvadores da educação em Portugal, e, em particular, do ensino da Matemática . Deixou em grande alvoroço muitos professores que o leram, pois, logo ali encontraram, a tábua miraculosa de salvação, que os libertaria de uma série de prosaicos intertenimentos da Pedagogia, que só serviram para apressar o descalabro em que se encontra o ensino em Portugal.
Li o livro e, mais uma vez, constatei, para não fugir à regra, que os grandes êxitos editoriais, não colhem as minhas preferências, desiludem-me, ficam todos àquem das minhas expectativas.
Ao abri-lo, dada a euforia que em seu redor se acolhe, pensei que encontraria o remédio para a doença crónica que atravessa o Sistema Educativo Português.Enganei-me.
Na minha modesta opinião, fui confrontado, apenas, com um conjunto de doutas «opinionites», recheadas de senso comum que baste e salpicadas com as verdades de La Palice( propositadamente escrito desta forma), que qualquer um de nós pode escrever ou subscrever sem rebuço.
Depois, faz-se doutrina e quase ciência, partindo de quatro ou cinco declarações ou escritos infelizes de agentes educativos,que, ou são incompetentes, distraídos ou adeptos da politiquice educativa e do discurso demagógico.
E partindo destes pressupostos, que são casos e não universos fiáveis, constroe-se toda uma teoria babilónica, que mata Rousseau, espanca o construtivismo, fere o acto de aprender a aprender e o humanismo educacional e maltrata as Ciências da Educação e seus investigadores, que muitas vezes se apelida de "eduquês".
Bases ciêntificas para suportar tudo isto, poucas. Aliás, as referências bibliográfias, pecam pelas pobreza.
A apologia aos exames é uma das centralidades do livro, embora o discurso tenha pouca consistência ciêntifica.
Sobre competências a adquirir, pouco se diz.Sobre cultura, pouco se fala.Não é preciso!...
O professor Nuno Crato, não salvará o submerso Sistema Educativo Português. Não o fará vir à tona da água, apesar das re(edições)deste livro.Falta à doença diagnosticada, o pressuposto ciêntifico que lhe dê a cura e a resultante de todas as forças para o manter vivo e em equilibrio estável.Desperdiça o humanismo educacional(se quizer chame-lhe romantismo) que aliado ao rigor dos processos, torna eficaz o acto educativo.Em qualquer lado e em qualquer lugar.
Obs1: Os doutos professores das Ciências da Educação ouviram tudo isto, sem uma queixa. Ainda bem que os apelidaram de "EDUQUÊS". BEM FEITA.
Obs2: Álvaro Gomes não se calou e contraditou Nuno Crato, no seu livro, "Blues Pelo Humanismo Educacional?"
Nos próximos Post vamos apresentar esse Frente a Frente.Vai ser empolgante.Não Percam.
Inácio Nogueira.
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