O poema
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(...)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema do tempo
Livro Sexto
Ao abrir…
Pedaços de mim
Pedaços
Que são laços.
Laços que são memórias,
Lá dos confins
Dos tempos e das histórias,
Contadas para mim,
P’la Jacinta, minha avó,
Junto à lareira, dos fins
Daquelas noites frias.
No seu regaço comia uma filhó,
Pedia ao Menino as prendas natalícias,
E entoava as quadras das Janeiras.
Deixava perto das brasas as botas vazias,
Para que cheias se tornassem.
Depois, caía no sono qual triste palhaço,
Visitava o Vale de Orfeu,
E aí todo o mundo era meu.
Revisito os tempos de passagem,
Que são ecos, traços e pedaços de mim,
AMOREIRAS.
( Do Livro a lançar na Amoreiras do Mondego em 22 de Agosto de 2009)
" Quando ficamos velhos e fizemos o que havia a fazer, pertence-nos em silêncio estreitar a amizade com a morte. Já não precisamos dos outros seres humanos. Conhecemo-los bem, já os vimos em número suficiente. Precisamos é de sossego. Não é de bom-tom procurar-se alguém nessas condições, abordá-lo e torturá-lo com tagarelices. Mais conveniente será passar frente à porta de sua casa e agir como se ninguém lá morasse."
"(...)Daqueles para quem eu escrevo este relato, poucos serão tão velhos quanto eu. A maioria deles porventura não poderá saber a
importância que tem para os velhos, sobretudo quando a sua vida foi passada longe dos espaços e imagens da sua juventude, rever um objecto que é capaz de testemunhar a realidade desses tempos, seja uma velha peça de mobília, uma fotografia empalidecida ou uma carta, cuja caligrafia e papel, ao serem «revistos» muito mais tarde, são capazes de abrir e encher de luz verdadeiras câmaras repletas de tesouros da vida passada, nas quais encontramos alcunhas e expressões familiares que hoje em dia já ninguém entenderia e cujo tom e conteúdo nós próprios só depois de um pequeno e agradável esforço somos capazes de reconhecer, E muito mais, muito mais ainda do que esses documentos de tempos longínquos significa o reencontro com uma pessoa ainda viva, que outrora foi menino e jovem connosco(...)"
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Bastou a transferência de Cristiano Ronaldo para silenciar os ecos das recentes eleições europeias e a gritaria que se criou em seu redor. Os mitos e os ritos que se propalaram em redor de uma europa mais cidadã e mais igual cairam aos pés dos milhões oferecidos a Cristiano. O jogador português vale mais do que a Europa? Se não vale parece que vale neste mundo de falsos mitos.
O MITO e O RITO
Os mitos são narrativas emanadas do inconsciente colectivo das sociedades; transmitem-nos acontecimentos transcendentais e dos primórdios de uma comunidade. Estão longe de ser descrições lúdicas e sem fundamento. Os mitos, no meu entendimento, têm origem em factos históricos ocorridos em tempos primórdios, hoje expurgados de seu conteúdo menos significativo e enriquecidos com arquétipos e imagens fabuladas. Ou seja, quase todo o mito é uma história fantástica das origens de povos, das nações e do próprio mundo. A finalidade do mito é educativa. Visa criar valores fortes, cultura de identidade ou transmitir verdades transcendentais. Por tudo isso, as histórias míticas são exageradas e fabulosas para produzir impacto emocional, para manter a intensidade e a força da transmissão. O mito não é uma construção individual. É colectiva e elaborado por muitas gerações, criando raízes indestrutíveis na memória de uma colectividade humana. Eles infundem nos indivíduos as mesmas emoções, os mesmos sentimentos e a mesma vontade, criam a identidade, a tal força invisível que mantém unidas as comunidades. Por isso, ainda hoje não se sabe se é a comunidade que cria o mito ou mito que cria a comunidade. O mito da fundação de Roma, explica o nosso discurso anterior. Uma loba amamentou os gémeos Rómulo e Remo:- eis o início de uma história fantástica que teve origem no facto de dois bebés órfãos, terem sido alimentados e criados por uma prostituta chamada Lupa (Loba), que morava entre as sete colinas da futura cidade. Sem a transformação desse facto banal num mito mágico, Roma nunca teria sido o maior império do mundo antigo, visto que o mito ajudou os romanos a acreditar que o seu destino de conquistadores vitoriosos e protegidos pelos deuses estava determinado desde as suas origens extraordinárias. E quanto aos ritos? Eles são a interpretação cénica e dramatizada do mito. Por meio das palavras, dos gestos, da indumentária, dos cânticos, do ritmo e do cenário, os ritos visam fornecer ao mito uma força viva e actualizada. Os ritos têm o objectivo de eternizar o mito, trazendo-o do passado remoto para o presente activo, renovando-o permanentemente. Pode-se afirmar que o rito é a encenação dramática de um mito.
Reflectir permanentemente sobre mitos e ritos é (re)construir o mundo e as políticas! Para melhorar o MUNDO ! ...
Ficar Velho
Todas as futilidades que a juventude preza
Também por mim foram ambicionadas,
Em primeiro lugar as mulheres belas
Depois caracóis, gravatas, elmos e espadas.
Mas só agora vejo com clareza,
Agora que para mim, já velho,
Tudo isso inatingível se tornou,
Só agora vejo com clareza,
Como era sensata essa ambição de outrora.
É certo que depressa desaparecerão
As fitas, os caracóis e toda a magia;
Mas o que de resto conquistei,
Sabedoria, virtude, meias quentinhas
Ah, também isso em breve se desvanecerá
E sobre a terra o frio reinará.
Como é magnifico para os velhos
Um tinto da Burgúndia, o lume de um fogão,
E, por fim, uma morte suave-
Mas mais tarde, hoje ainda não.
Hermaan Hesse
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